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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Humildade rechaçada...

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É um destempero, uma falta de zelo, um punhal no peito...
É fel, vil, cruel e profundo...
É sem rumo, sem força, sem cura...
Que destroça a alma...
É um calar descontente de seco...
É o barro sem água...
É o vazio do servir...
É onde a dor invade o peito...
É um rechaçar de humilhações...
É onde o dinheiro impera e a humanidade se esvai...
É uma, duas, três, várias lágrimas...
É um desequilíbrio...
Para que serve o lodo do barro?
Para que serve a vida?
Para que serve o encontro de duas almas?
Para que servem as fantasias?
E eu, para que sirvo?
E eu, a quem sirvo?
E eu não sirvo! Não sirvo para nada!
E o nada, nada mais que frustração...frustração e frustração..

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Sonho-me!

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Andando a pensar...
Em boa companhia...
Voltemos a observar...
Era dia de sol, azul...
Na proteção e segurança...
Na insegurança do rangido da madeira...
Na confusão dos relatos...
No embaraço da sutileza...
Como o mar, como o rio...
Embaralhados, barulhentos...
Que se entrelaçam, se movimentam como nuvens trazendo chuva...
Como monstros a lutar...
E ao mesmo tempo na leveza do olhar...
Na fixação em relaxar...
Não precisa uma única voz...
Há sintonia no entendimento...
E bem lá na casa... aquela que range, escuto o rangido do meu coração...
Machucado, magoado, lúcido, com velharias...
Lá, bem no fundo, um móvel parado, velho, intacto, assustador e antiquado...
Bem na parede amarelada do tempo, os livros pendurados como as histórias esquecidas que querem chamar á atenção, se não estariam guardadas!
Na Ave Maria, a paz, o aconchego, a fuga, a orientação, a pureza, a meninice...
No Aleluia, por poder se sentir útil, no poder se sentir capaz de fazer algo por conta própria, mas reclamando a falta...
No perfume, ou melhor, na falta dele, a falta também do sabor da vida...
No vazio da casa ou no contentamento...
No habitar que é simples, revolto, estranho, cavernoso, sozinho, aterrorizante, assustador, no entanto que procura a paz, o distanciamento do universo!
O não existir.



sexta-feira, 28 de abril de 2017

Deixar-se florir...

Uma flor inocente e intacta,
É tocada de maneira vil e se despedaça,
Morre sem água, sem zelo, sem luz, sem cuidado,
Não cresce, não se desenvolve,
Não se deixa ser tocada porque sua alma está ferida,
Mas, com cuidado e empatia poderá desabrochar de novo na vida,
Poderá se olhar,
Poderá se amar,
Pois com água, luz e um bom terreno fértil, ressurgir das cinzas,
Ressurgir na Psicoterapia...

E novamente se fazer florir...
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domingo, 23 de abril de 2017

Zele por mim, Zele por ti, Zele por nós!

Numa casinha amarelinha no meio de uma floresta mora uma senhora muito zelosa e seu filho, o grande Flagelo.
O grande lema de Flagelo é amar sua mãe, zelar por ela, deixar de ser ele mesmo, para poder ser só um junto a sua mãe. O grande lema da mãe dele é zelar pelos filhos, amar os filhos e ser só um!
Na floresta passou uma ventania e Flagelo disse:
-Preciso ir para casa antes que minha mãe sinta minha falta. E já tem mais de uma hora que a senhora sua mãe, desesperada, despedaçada, pergunta a todos onde está o seu amado Flagelo, pois ele poderá despedaçar-se. Então Flagelo ao chegar em casa diz:
-Foi o cavalo que demorou... Foi o vento... Foi a lua... Foi a chuva... Eu não sei o que dizer, eu não sou zeloso? Lhe abandonei prolongando minha liberdade? Estou arrasado!
Sua mãe então respondeu:
- Uma ventania é perigosa, e até a lua pode te queimar, você pode se machucar!
E o grande Flagelo pensa:
-Eu deveria ter avisado! Eu sou culpado disso tudo. Eu sou realmente um  grande Flagelo e se somos um só! A culpa é toda minha porque eu gostei da liberdade de andar sozinho ao menos um pouco... Ai não! Não gostei! Eu tive medo da vida na floresta. Bem certo meu nome ser Flagelo porque sou inseguro, sem autonomia, sem independência e tenho baixa auto-estima. Por conta disso, resolveu dizer a sua mãe:
 - Ainda bem que tenho a senhora para me proteger.
E sua mãe lhe disse:
Não se preocupe, não pense mais sobre isso, eu penso por você já que eu estou aqui sempre para você!
 Flagelo então responde:
- Verdade, me sinto tão confortável que agora serei incapaz de andar livre na floresta, pois não quero sofrer nenhum perigo!
No entanto ele pensa:
- Mas... se sou Flagelo o perigo não está também em mim?
Inconscientemente o Flagelo se Flagela na relação de zelo e se enfraquece e enfraquece sua força! Qualquer coisa lhe arrebenta e o faz ficar gripado porque Flagelo esquece de si. Sua mãe arrebatadora o cerca numa redoma e sobrevive com esse sentimento! E se  tirarem o Flagelo dela? Mais Flagelada ficará? Como sobreviverão!?