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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Escreva-me solidão!



Diante do tempo, as palavras gorjeiam dentro do peito, como um toque de sino de igreja que deseja estabelecer conexão com fiéis. Estabelecer um local aconchegante pra si mesmo em meio ao cotidiano tão corrido, ser fiel a si mesmo, se visitar, é importante. A escrita é um reverberar-se de emoção mas as vezes estas estão tão contidas, abatidas, pálidas, enfermas que nem o papel aguenta tanta fagulha, nesse caso, o melhor é calar-se e sentir o momento, ficar consciente de si e do mundo. São tantas palavras que meras páginas refratárias não caberíam tanto incômodo. A solidão íntima, é tão profunda que ninguém ocupa  esse vazio, só as próprias palavras que completam o próprio corpo e a própria alma, pois nem sempre carícias e sussurros são resoluções de problemas internos, esses só nós mesmos para resolvermos. Nem posso afirmar que devemos nos recolher  apenas a ser um, claro que  deve-se ocorrer socialização e conversas com amigos, com terapeuta, com psicólogo, com quem lhe agrade mas compreender-se é um dever só nosso, e compreender-se para viver melhor e ter bem estar consigo mesmo é compromisso nosso, e nem sempre é bastante falar ou escrever, mas sim, sentir a vida e a si mesmo, em cada passo, seja para se modificar, se aceitar, seja para se libertar...