Quem escreve, sempre coloca a alma pra fora...
Desemboca em seus dizeres...
Tudo que está contido no vaso do coração...
Quem escreve, coloca suas emoções vis, viris pra fora...
E pra dentro o alívio do desabafo...
Tudo que o suspiro do olhar tece...
Quem escreve, nem sempre tem rimas...
Não por estrutura, forma, modo, mas por também estar sem rimas...
Apenas sente e talvez ressignifica as sensações...
Quem escreve, demonstra seus esquemas nas crenças, nas indiferenças...
Demonstra-se ao outro, ao mundo, o alimento que o sustenta...
E faz escoar na chuva dos desejos, os sonhos e a percepção...
Quem escreve, põe pra dentro...
Se repõe, se compõe, se extrapola, se invade...
Ou apenas, sente! Sente a si mesmo!