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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Mar de solidão...

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Não sei se foi melhor,
Não sei se foi feliz,
Se foi amável,
Se foi de luz...

Só sei que em mar de solidão,
Em ar de teoria,
Em que as críticas e julgamentos permeiam,
Só sorrir... para se assegurar  que ainda está respirando...

Só sei que em mar de solidão,
A agonia travada no peito é o engasgo do desespero,
O rum do tédio,
A infelicidade do desejo...

Só sei que em mar de solidão,
Um sopro de choro guardado,
Um laço desarmado,
Uma cor sem cor e um som sem som,

Quem sabe quando?
Quem sabe como?
Um ar de desespero se desfaz?
Se despedaça...

E o amor se instala,
O zelo,
A paz,
A tranquilidade do ninar...

Porque em mil berços só um se estrutura bem,
Em mil berços só um vintém de ternura,
Em mil berços o destempero e o embaraço se instaura,
E a neurose só permanece por conta da fé...

Em mar de desespero,
Se apercebe o dia,
Em que uma atitude lançada,
Dois lados e um nada...

Em mar de desespero,
Estática em um ambiente hostil...

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