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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Um conto de desabafo ou um desabafo no conto?

 O sino toca, apitando o coração e ao mesmo tempo as nuvens se recolhem para a aurora da amanhã. O coração pulsa despreparado no acelerar do dia, que nos seu percurso passa muito rápido. Ao levantar os olhos o teto em branco... ao contrário da mente, ao lado direito um móvel robusto onde se coloca livros, no entanto os livros estão ao chão, cansados de nunca serem lidos. Logo a esquerda o braço que dói e a boca que abre sonolentamente. A entrada é bem na sua frente, ou é a saída? Talvez a monotonia do dia com apenas duas funções fosse mais vibrante que a própria porta mas a porta escassa e escura em sua frente tem mais funcionalidade nesse momento e mais movimento, não aquele retilíneo mas o inclinado pra trás ou para frente... a vida segue no único fluxo e parece que tudo independe dos pés que se depara com o chão que seguem direto para o banheiro, onde o espelho é a própria alma cálida e a pele antes alva se torna opaca de insatisfação... um único retrato pode-se ver, o da mente! E segue indiferente mesmo a esperar mudanças do próprio âmago. As seis da manhã resolve se vestir como se deve para a sociedade ignóbil... desdentada de sorrisos, na manhã fria com a mente fervendo, ela se deleita a abrir agora a porta da rua, aquela que parece só existir saída porque a chegada é uma eternidade...          
                                                                                                                               

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